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terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Ciclos em Revista: a construção de uma outra escola possível




KRUG, Andréa Rosana Fetzner (org.). Ciclos em Revista: A construção de uma outra escola possível. Vol.1. Rio de Janeiro: WAK Editora, 2007.

No texto “Ciclos de Formação: uma nova escola é necessária e possível”, escrito por Jose Clovis de Azevedo, do livro “Ciclos em Revista: a construção de uma outra escola possível”, organizado por Andréa Krug, o autor relata seu papel na implantação dos Ciclos de Formação na Rede Pública Municipal de Porto Alegre. Essa experiência lhe proporcionou viver os avanços, as contradições e os dilemas de uma proposta que tem o objetivo de reinventar a escola.
Em seu texto, Azevedo difere dois tipos de ciclos:
  • Aqueles que têm uma proposta pedagógica com referências teóricas e progressistas e operam mudanças qualitativas no processo educacional;
  • Aqueles que apenas operam no plano burocrático administrativo, juntando séries, artificialmente denominadas de ciclos;


O sistema seriado é outro ponto abordado pelo autor. Ele ressalta que às forças conservadoras, isto é, alguns pedagogos e partidos conservadores, são avessos às experiências transformadoras e democratizantes, defendendo assim a escola tradicional.  Azevedo exemplifica esta oposição, citando os últimos processos eleitorais de Porto Alegre, onde os conservadores alegavam que a política dos ciclos era a responsável pelas dificuldades de leitura e escrita dos alunos. Entretanto, as dificuldades ocorriam porque essas crianças eram oriundas do sistema seriado, portanto, responsabilizar os ciclos não é procedente.
Os Ciclos de Formação não utilizam provas e exames como momentos decisivos e definitivos de avaliação, pois eles são seletivos e classificatórios, características da escola excludente.  O que é trabalhado nos ciclos é uma avaliação contínua e diagnóstica.
A escola emancipadora foi organizada considerando a democracia em três dimensões: a democratização da gestão, do acesso à escola e ao conhecimento. Na estrutura dos ciclos de formação, o ensino foi organizado em três ciclos (que correspondem à infância, à pré-adolescência e à adolescência) de três anos cada, dos seis aos 14 anos.
Diante do exposto, o autor finaliza enfatizando que o trabalho coletivo, interdisciplinar, construtor de aprendizagens são elementos constituintes de uma escola reinventada e que a avaliação emancipadora  é aquela que não se limita ao exame  de produtos, instrumento de reprovação e exclusão, mas sim como ferramenta de diagnóstico, de investigação sobre os processos de aprendizagens dos sujeitos educandos.

Ciclos de Formação: uma proposta transformadora

KRUG, Andréa. Ciclos de Formação: uma proposta transformadora. POA: Ed. Mediação, 2001. p. 17-51.

No capítulo “Ciclos de Formação: o que significam?”do livro “Ciclos de Formação: uma proposta transformadora”, de Andréa Krug  o que mais me chamou  atenção, além dos espaços alternativos (Laboratórios de Aprendizagem, professores itinerantes e Sala de Integração e Recursos, assessoria pedagógica às professoras e professores, formação permanente,  trabalho de formação com as famílias e funcionários) que possuem as escolas de Porto Alegre organizadas em Ciclos de Formação, foi  agregar a antropologia cultural nos trabalhos docentes, ou seja, “o conteúdo escolar é organizado a partir de uma pesquisa sócio-antropológica realizada na comunidade, onde são buscadas questões-problemas reveladoras da contradição entre a realidade vivida e a realidade percebida pela comunidade. A partir dessa pesquisa, reúnem-se representante discentes e da comunidade para discutir com as professoras e professores o eixo central dos conhecimentos a serem trabalhados na escola.”(KRUG, 2001, p.17).
Essa interação entre escola-discentes-comunidade-docentes é extremamente necessária, pois a instituição de ensino é a responsável pela formação intelectual do indivíduo; conhecer a comunidade ajuda o educador a entender a realidade do educando; o professor a partir dessa observação consegue estabelecer uma conexão entre o conteúdo e as situações cotidianas dos alunos e a partir dessa mobilização, os discentes estarão assistidos.
Concordo com Paulo Freire quando ele diz que “Por isso mesmo pensar certo coloca ao professor ou, mais amplamente, à escola, o dever de não só respeitar  os saberes com que os educandos, [...], chegam a ela saberes socialmente construídos na prática comunitária” (1996, p.30). Acredito, assim como ele, que o professor pode aproveitar a bagagem intelectual e cultural do aluno para fazer analogias com sua realidade. Os Ciclos de Formação, além de proporcionar essa oportunidade para o educador, faz o aluno entender o motivo pelo qual ele está adquirindo determinado conhecimento, uma vez que o conteúdo condiz com sua realidade. Diferentemente, acontece com o sistema seriado, onde os conteúdos são estendidos a todos, de forma homogênea, sem explicar ao educando a finalidade da matéria.
Abaixo, destaco os pontos principais do texto.
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sábado, 2 de janeiro de 2010

Ciclos de Formação: o que significam?


A partir da leitura do capítulo “Ciclos de Formação: o que significam?” do livro “Ciclos de Formação: uma proposta transformadora”, de Andréa Krug, foi confeccionado um cartaz. Nele continha os principais aspectos do texto. O objetivo da criação do cartaz era facilitar a compreensão do leitor confeccionando-o de forma ilustrada e sintetizada. 

Abaixo, apresento o cartaz em forma de slide.

Obs: Abordei os pontos principais do texto na postagem do dia 12/01/10